RAVANES: a porradaria thrash está de volta!


Possuidores de um talento incontestável, os thrashers potiguares do RAVANES estão de volta! A banda, que surgiu da vontade de alguns amigos de formar uma banda com características diferentes as existentes à época em Natal/RN, está com uma nova formação afiada e pronta para quebrar tudo nos palcos do Brasil. Batemos um papo com os atuais membros Clayton Marinho (Vocal/Guitarra), Rhuan Dyego (Guitarra), Jorge Ferreira (Baixo) e Jhoni Rodrigues (Bateria). Confiram!


M&M Produções: Olá pessoal. Para os que ainda não estão familiarizados, façam um breve histórico desde a formação do Ravanes.
Clayton Marinho: A banda foi criada em setembro de 2002 na cidade de Natal/RN com a intenção de complementar e manter viva a cena underground do seu estado. Com fortes características do Thrash Metal, músicas e letras agressivas, e uma proposta clara de mostrar a verdadeira situação do planeta, do cotidiano humano ou da religião. Em 2006, após o lançamento de nosso primeiro EP "Tormenta", nós perdemos o vocalista Chapula Davis, voltando a tocar somente em 2007 com Clayton Marinho no vocal, e já com o segundo EP "Espantalho" finalizado. Em 2012, o criador da banda Jonathan Mulusck chegou à decisão de que não poderia mais continuar no Ravanes, devido a motivos pessoais. Depois de muita conversa resolvemos continuar, e então convidamos Rhuan Dyego (ex-Traumam) para a guitarra e Jorge Ferreira (que faz parte da lendária banda Disturbing Flesh) para o baixo. A atual formação tem como integrantes: Clayton Marinho (vocal e guitarra), Rhuan Dyego (guitarra), Jorge Ferreira (baixo) e Jhoni Rodrigues (bateria).


M&M Produções: A discografia da banda conta com dois lançamentos, os EPs "Tormenta" (2006) e "Espantalho" (2007), que possuem um som bem calcado no Thrash Metal. Vocês já estão trabalhando em novas composições? Qual é o direcionamento musical do novo material?
Rhuan Dyego: Sim, a banda já possui várias músicas prontas e outras em processo de criação. Estamos retornando em 2013 com a produção de um novo EP, que promete dar muitas pedradas aos fãs de uma boa porradaria sonora! O direcionamento do som que levamos tem a cara do Ravanes, com um pouco das influencias de cada integrante. As influencias são de gêneros como Thrash, Death, Grindcore, Hardcore, entre outros.

M&M Produções: Em relação às novas músicas, o que exatamente cada integrante do Ravanes escuta e como isso contribui para as composições?
Jhoni Rodrigues: As influências são bem variadas! Sou um ouvinte clássico de Death Metal. Junto a isso acrescente o jazz e a musica progressiva instrumental, gêneros que realmente influenciam minhas parte nas músicas do Ravanes. As influencias de Clayton Marinho vem do Rock ’N Roll, Thrash, Death, Grindcore e Hardcore. Rhuan Dyego costuma variar entre o Thrash e o Death. Ele acredita que todo som que venha a somar com boas influencias para a criação de nossas musicas é bem vindo. Já Jorge Ferreira é bem eclético, focando principalmente em bandas de Death/Thrash, Hardcore e gêneros semelhantes.


M&M Produções: As músicas cantadas em português deixa evidente a paixão de vocês pela cultura de nossa terra. Mas o 'Heavy Metal' é um estilo universal, por tanto se usa mais o inglês para representar a maioria de suas bandas mundo a fora. Como vocês encaram essa divisão? Qual o idioma utilizado nas novas músicas da banda?
Jorge Ferreira: Nós gostamos de fato de usar nossa língua mãe, pois fica evidente a ideia que queremos passar ao público brasileiro. Nossa música tem essa cara! Mas nosso novo trabalho traz em sua maioria letras em inglês, e algumas passagens tanto em português como em inglês na mesma música. Algo bem interessante para o ouvinte.


M&M Produções: O Ravanes foi a única banda brasileira a participar da coletânea "Metal Farm volume 6", lançada em 2008 pelo web zine tailandês Metal Farm Records. Como rolou essa participação? E como foi a repercussão desse material?
Clayton: Recebemos um convite a partir do nosso Myspace, que naquele momento ainda era bem ativo. Tínhamos muitos contatos lá e frequentemente recebíamos convites diversos. Foi muito importante para nós participarmos dessa compilação. A repercussão foi muito boa! Após o lançamento, o nosso contato do web zine nos disse que estávamos sendo considerados o novo "Old Sepultura", por causa de nossa forma de tocar. Recebemos e-mails com críticas positivas e perguntas como: “Quando vocês vão tocar aqui?” Por causa dessa repercussão, recebemos um convite para estampar a capa de um web zine, que também produzia uma versão impressa na Tailândia e em Bangladesh. Uma página inteira foi dedicada a nós nessa revista, com uma excelente entrevista. Infelizmente não recebemos nenhum exemplar! A música escolhida por eles foi “Controle”, do nosso primeiro EP “Tormenta” (com a voz de Chapula Davis). Como somos brasileiros, eles nos associaram na compilação com a figura do nosso país mais conhecida por eles, o grande Pelé. “Controle” é a décima música da coletânea, a camisa 10. Enfim, participar foi muito bom mesmo!


M&M Produções: Um dos maiores problemas para qualquer banda atualmente é conseguir espaço para tocar. Como vocês pensam em driblar esse problema?
Jhoni: esse é realmente um fator que muitas vezes desanima a boa parte dos músicos. Nosso empenho nem sempre é levado a sério, e geralmente os produtores de eventos parecem não lembrar que na própria cidade existe bandas boas de verdade. Como diferencial nós queremos oferecer algo que chame a atenção. Dessa forma os produtores vão se interessar em ter-nos em um de seus eventos. Eles parecem não olhar para as bandas locais como olham para as de outras cidades e estados. Se sua banda não tiver um diferencial eles não vão te contratar, e assim ela acaba esquecida. Posso dizer que nosso novo trabalho será um divisor de águas! Nossos ensaios tem nos dado muitas ideias, que nos levam a querer fazer desse o melhor trabalho do Ravanes!


M&M Produções: Como vocês analisam hoje o que aconteceu com o vocalista Chapula Davis? Ainda existe a preocupação em relação à qualidade e aos equipamentos das casas de shows?
Clayton: O que aconteceu com o nosso brother Chapula foi um crime causado pela irresponsabilidade dos organizadores do evento, que em nenhum momento pensaram na integridade física dos componentes das bandas que participaram do evento. Sempre vai existir o receio quando se trata de instalação elétrica nos palcos. Infelizmente aprendemos da pior maneira possível que devemos prezar pela segurança de todos em um evento.

M&M Produções: A banda já passou por várias mudanças na formação. Como único remanescente da formação original, como você avalia essas mudanças Clayton?
Clayton: no inicio é muito chato ter que descolar outro cara pra tocar, passam mil coisas por sua cabeça, o processo é longo. Só depois você percebe que as mudanças fazem parte de nossas vidas, um círculo se quebra e outro começa. O lado bom é que fazemos novas parcerias e trocamos experiências, isso só faz engrandecer a banda musicalmente.

M&M Produções: Como a banda avalia o atual momento da música, com os downloads e a baixa venda de álbuns? Alguma preocupação em relação os próximos lançamentos do Ravanes?
Jhoni: O mercado de venda de álbuns caiu faz tempo. Eu sou uma pessoa que viveu a época de garimpar CD, Vinil ou K7 de banda X ou banda Y. Era uma dificuldade para encontrar mais valia a pena. Os downloads ainda não existiam, e os CDs piratas não eram encontrados com tanta facilidade. O lance era realmente comprar o álbum original e apoiar a banda! Atualmente, depois do Napster e de outros sites de download, perdeu-se a graça por parte da maioria de comprar o CD e ouvir com gosto, depois guardar e esperar que a banda lance o próximo para completar a coleção. Fazer música hoje e sonhar em ganhar dinheiro de verdade com ela é uma utopia, são poucos os que têm essa sorte. E quem acerta nessa “loteria” precisa fazer de tudo, tudo mesmo, para não perder essa oportunidade. Por isso muitas bandas se tornam mais comerciais, mudando de estilo. 
O Ravanes não esta aqui para ganhar rios de dinheiro ou pra aparecer no Faustão, mas também não seremos hipócritas de falar que se uma gravadora major quiser nos contratar e oferecer 1.000,000 para tocar no Faustão não vamos aceitar. Isso seria um falso moralismo! Preferimos deixar a sorte nos levar, até porque levamos a música a sério, e receber por isso seria uma honra. Como eu disse, são poucos os que têm essa sorte. E no meio do metal é ainda mais difícil se dar bem logo cedo. As bandas ganham pouco e muitas vezes os caras precisam de uma renda extra que cubra suas necessidades. Li em uma entrevista que Karl Sanders (do Nile), só para citar um exemplo, tinha um trabalho “normal” até a banda lançar o álbum “In Their Darkened Shrines”, já que os cachês da banda não supriam os custos básicos de vida como alimentação, moradia, etc. Se a sorte nos presentear, ficaremos gratos e faremos o possível para manter a raiz da banda.


M&M Produções: Quais são os planos do RAVANES para 2013?
Clayton: lançar nosso novo trabalho "Infected By Violence", no qual predomina as letras em inglês, e voltar a fazer shows na cena potiguar, sempre trabalhando forte para que possamos fechar uma tour, seja pelo Nordeste, pelo sul do Brasil ou internacional.


M&M Produções: Agradecemos pela entrevista desejando boa sorte a banda. O espaço é de vocês para as considerações finais.
Ravanes: queremos agradecer a M&M Produções pelo espaço. Também a todos que curtem e acompanham o Ravanes, e até mesmo aos que ainda não conhecem nosso trabalho.


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Artikel RAVANES: a porradaria thrash está de volta! ini dipublish oleh M&M Produções pada hari domingo, 19 de maio de 2013. Semoga artikel ini dapat bermanfaat.Terimakasih atas kunjungan Anda silahkan tinggalkan komentar.sudah ada 1comentários: di postingan RAVANES: a porradaria thrash está de volta!
 

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